Foto:Rodrigo Monteiro
Às 18 hs, a maioria dos trabalhadores já se prepara para ir embora para casa e ter seu merecido descanso e recarregar as energias para o dia seguinte. Mas para o corretor de imóveis Otacílio Marques, de 51 anos, o caminho ainda é longo e enquanto a maioria dos seus colegas volta pra casa, ele ainda tem gás para trabalhar mais algumas horas no seu táxi. “Trabalho como corretor há mais de dez anos, mas para aumentar a renda da família optei por encarar mais algumas horas no táxi”, declara o corretor.
Às 18 hs, a maioria dos trabalhadores já se prepara para ir embora para casa e ter seu merecido descanso e recarregar as energias para o dia seguinte. Mas para o corretor de imóveis Otacílio Marques, de 51 anos, o caminho ainda é longo e enquanto a maioria dos seus colegas volta pra casa, ele ainda tem gás para trabalhar mais algumas horas no seu táxi. “Trabalho como corretor há mais de dez anos, mas para aumentar a renda da família optei por encarar mais algumas horas no táxi”, declara o corretor.
Com o veículo próprio, ele tem a vantagem de fazer seu horário. Normalmente trabalha logo após o expediente em uma imobiliária da Tijuca e costuma rodar de sete a oito horas por dia em seu Corsa Sedan ano 2000. “Às vezes é cansativo, mas gosto de dirigir e principalmente conhecer os diferentes tipos de pessoas que entram no meu carro. Nestes três anos de taxista, já tenho muitas histórias pra contar para os meus netos”, brinca Otacílio. E o descanso? “Durmo de quatro a cinco horas por dia e me sinto muito bem. No escritório, o trabalho burocrático e as avaliações dos imóveis me consomem muito, mas é no táxi que consigo relaxar um pouco, mesmo porque não tem trânsito de madrugada”.
Outro exemplo de dupla jornada é o do vendedor Jorge Luiz, de 29 anos. Morador de Nova Iguaçu, ele vende tapioca no Centro do Rio de janeiro e à noite, deixa a barraca aos cuidados de sua esposa e vira guardador de carros ao lado da Universidade Estácio de Sá, também no centro, que não possui estacionamento para professores e alunos. “Trabalho o dia inteiro na barraca e à noite vou olhar os carros da faculdade. Nunca tive problemas, cuido muito bem dos carros e os alunos já me conhecem. Recebo boas gorjetas”, diz o vendedor.
Jorge faz questão de dizer que nunca conseguiria sem o apoio de seus familiares e amigos. Ele precisa do auxílio de sua mulher para ajuda-lo nas vendas enquanto busca uns trocados a mais nas ruas. “Durante o dia, minha esposa cuida da criança e à noite vem me substituir aqui na barraca. Aí passo a noite toda na rua cuidando dos carros até o final do movimento. No final de semana armamos a barraca na pracinha perto de casa. Trabalhar não é problema, desde pequeno eu sustento minha família”.
Otacílio e Jorge são dois exemplos de pessoas batalhadoras, que trabalham por conta própria, tem dois empregos e seguem lutando por uma vida melhor para suas famílias.
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